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Com base na obra disponível em www.blogspot.com. Expressing: janeiro 2011

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

O Ser da Lua

Meu canto te trouxe pra mim. Águia noturna. Eu tentava decifrar as estrelas do céu, quando você apareceu. Com vestes negras, rosto turvo. Veio confundindo aos arredores.  Difere tudo o que conheço.  Algo em ti me invoca silenciosamente, enquanto te observo. Não posso seguir. Não quero chorar sob o teu sangue.
Não voe, não desapareça. Almejo por tua presença ao mesmo tempo em que temo. Quero ficar observando seus movimentos, perdida no seu olhar. Onde está agora? Não vejo. Me nego a te chamar.
 Estas tempestades que vem junto contigo, arrebata minhas razões. Os meus sentidos congelados em tantos mistérios que quero decifrar. Não sei o que vou encontrar, não voltarei ao meu caminho, não seguirei adiante, ficarei aqui, esperando que me leve.
M.M

sábado, 15 de janeiro de 2011

O Retorno

Outra vez, retornas a mim, e em meu corpo habita. Seu espírito me domina tornando o que sou agora. Distribuindo discórdia, amor e luxúria. Retirando os temores que um ser carnal possui, dando poderes, e posso ter tudo.
Esmagando corações, espalhando medo e horror. Meu interior é seco e frio, como minhas lágrimas. Traz pra mim novas perturbações, invadindo meus sonhos, descendo as escadas de um abismo que quero permanecer lá. Gosto de sua dor.
Eternamente irá aparecer para mim como uma sombra. Sua face reflete no espelho quando me olho. Ela desfila sobre o nevoeiro, entorpecida com sentimentos de assombro e desejos. Seguindo com sede de tudo o que nasce agora. Mudando todas as manhãs...
Camufla-se doçura com impiedade, desperdiçando benevolências...
Desconhece sua imagem refletida nas águas deste imenso oceano, mais não surpreende.
Coração congelado em mistérios, e ansiosos em seu poder.
O rosto idolatrado de quem ama, em seus pesadelos, e o apreço ao seu cavalheiro em sonhos.
 A rotina de seu destino desconhecido, o riso da sua própria loucura.
O retrato confuso em seu quarto, a vontade de retornar à noite em que se perdeu.

Criatura Fascinante

Você, com esse rosto de talismã, segura meu olhar fugitivo por horas. Meus sentidos imersos em volta deste ser, com voz de ópera, só mostram o meu próprio véu.
Desejo profundamente subtrair- te, tornar –te obra particular, como uma lápide.
Quero te servir, para o meu próprio conforto, respirar lentamente, enquanto o meu mundo gira ao seu redor. Esse sentimento veloz, que logo não estará mais em mim, quer viver, por noites, até partir.
Vem pra mim, meu céu noturno, guardarei com amor, o nosso mistério.
Não tenhas medo, minha mão estará estendida, no meu lar, será livre, até o anoitecer.


Queria eu que os teus olhos fossem espelhos de teus pensamentos, e transpassar-te como um fantasma, e sentir melhor sua existência. 
Tua face me persegue por todos os lados. Toda canção, me traz você, e me encarno então nessa melancolia. 

O Fantasma do vento

És o melhor dos meus pesadelos, o meu desejo oculto, minha fome.
Congela o meu coração na sua fria respiração, alma indecifrável, meu enigma predileto.
Mata meus sentidos, aguça meus delírios, torna minha mente mórbida.


Amanheci, sem saber do meu destino, logo me deparei com minha própria loucura.
Onde estou agora? Decaindo em seus olhos, sua pele ardente como fogo, um efeito contrário de suas origens. Roubou meu fôlego, matou-me por segundos.  
E ainda me segue, em todos os jardins, em todo meu castelo, e em minhas noites. Rosas vermelhas a ti.

Tentação

Este ser canta pra mim. Ainda sinto seu timbre correr sobre minhas veias. És minha fraqueza mais evidente.Tu esmaga meu coração com as próprias mãos. Corrompe toda pureza da minha alma. Me chama nos meus sonhos. Amo tudo o que tem teu nome, amo cada nota da tua voz. Me perco nos teus olhos, nas tuas palavras, e nas noites sombrias, eu estou contigo. Não consigo me desfazer do desejo de te encontrar, das imagens de teu rosto a me perseguir, dos teus encantos. És diamante.
Almejo por sentir tua respiração, tocar tua face de anjo e contemplar. Sinto que acorrentou meus pulsos com teu feitiço, me lançando à perdição, fazendo – me chorar lágrimas de sangue. Me roubas todo o meu fôlego, quase me traindo com palavras. Quero tudo, menos te querer. Quero tornar tudo em cinzas, quero esquecer.
Tu, inconscientemente me atrai, me trai, me ama. 
Ah! Dor, essa que me entorpece, me fortalece, e me envelhece. Sei que isso é tempestade, e sei que me livrarei. És o meu mito. A canção jamais ouvida, a poesia nunca lida, a palavra jamais dita. E estais dentro de mim.



O Senhor do crepúsculo

Dedicação à Bryam Hellsmounth, que tirou minha concentração por dias...

Ao observar-lo vejo as sombras em seus olhos.
Posso sentir sua presença em longitude.
Um personagem encarnado em um ser misterioso.
Malícia mascarada revelada através de suas doces palavras.
Sedução virtual, a quem convences?
Sabiamente duvidoso, e independente.
Superficialmente, eu o admiro, por não conhecê-lo.
Atuei em seus sonhos, nada me deu mais prazer...
Do que estar em suas fantasias.
Sua peculiaridade me encanta.
Um romantismo obscuro o cerca, de modo envolvente.
Habitante da minha fértil imaginação.
Me levas a lugares frios, onde conforta-me com ilusões.
E com astúcia tenta persuadir-me com seus encantos.
Contemplo de modo turvo sua face, pois é forte como o crepúsculo.
E seu olhar me chama, confortando meus pesadelos...
Desconheço o fim dessa viagem...
Mais posso crer que não estou só. 
Sei que está aqui, em qualquer lugar, também a me observar. 

Amizade

Deitada em meu leito, esperando você chegar... Meus medos retornaram das cinzas para me saudar... Temo que a noite não acabe e o inverno sacrifique meu corpo até meu último suspiro. Desconheço o fim dessa jornada, me atento a contemplar meu passado. Onde estão meus aliados? O destino ousa tomá-los de mim... Meu coração arde em ansiedade. 

Quero adormecer na ilusão, e retornar... O sol cega meus olhos, é a manhã me abraçando e dizendo para  partir. Contemplo o retrato, minha inspiração... A força que me leva a crer que nunca os perderei... Não quero que nada mude, não quero outro caminho. Não consigo soltar de suas mãos... Não quero que partam pra longe de mim... Como escreverei o resto dessa história? 

Imploro ao tempo pra não me levar de suas memórias. Ainda espero você chegar... Alimento-me de ilusão... A melancolia é minha única rotina nesse momento, canções me consolam, e a solidão me serve fielmente... Acredito que ela se vá e traga o que meu coração mais deseja.
Que seus sorrisos marquem novas linhas em meu caminhar.




Imagem Google.

Momentos (Princesa da água)

Meus gritos, sufocados em meu oculto retorcido, o tédio que habita em minha alma, fazem com que desperte a solidão, vindo do silêncio inerte que me domina. O mar é minha unica companhia nesse momento, o balançar das águas me inspiram e começo a escrever na fértil imaginação. Palavras se repetem, originando – se da estranha rotina que o destino me propõe... 

Ando só trocando passos com os pensamentos, converso com eles, e logo me compreendo. Uma voz me sobrevém aos ouvidos indagando minhas escritas. O silencio se faz presente, e volto ao meu lar. Já não sei se minhas águas são tão puras como dizem os meus servos, ou isso é apenas uma capa, uma marca para continuar a reinar o meu título.


A tristeza não me assombra, mas dela, já me despedi com beijos molhados. As vezes bate à minha porta e eu a acolho. Ela serve de inspiração e aprendizado, para a minha jornada, porém em excesso, pode ferir mortalmente. Por isso, lanço - à no mar negro do passado. Não estou só, pois tenho aliados, sinto que minha alma chama por um amor, algo só meu, para dar a ele o meu reino, e preencher o vazio que habita em meu ser. 

Sou amante da solidão, sou serva da hilaridade, conquisto sorrisos dos rostos dos que me cercam. Porque minha alma, é livre.
Imagem Google.