Meu canto te trouxe pra mim. Águia noturna. Eu tentava decifrar as estrelas do céu, quando você apareceu. Com vestes negras, rosto turvo. Veio confundindo aos arredores. Difere tudo o que conheço. Algo em ti me invoca silenciosamente, enquanto te observo. Não posso seguir. Não quero chorar sob o teu sangue.
Não voe, não desapareça. Almejo por tua presença ao mesmo tempo em que temo. Quero ficar observando seus movimentos, perdida no seu olhar. Onde está agora? Não vejo. Me nego a te chamar.
Estas tempestades que vem junto contigo, arrebata minhas razões. Os meus sentidos congelados em tantos mistérios que quero decifrar. Não sei o que vou encontrar, não voltarei ao meu caminho, não seguirei adiante, ficarei aqui, esperando que me leve.