Acordei sentindo um vazio, como se tivessem roubado algo em meu interior. O meu corpo enfraquecido, meus sentimentos em desespero, e eu, com uma vontade enorme de querer adormecer, esquecer de que tenho vida, e ouvir minhas melodias. Os meus caminhos se entrelaçaram, confundindo minha visão. Estou caminhando sem pensar no amanhã. Ao mesmo tempo, sinto que estou bem, mesmo envolvida nessa neblina que me cobre. Posso ver além. Os meus passos rastejantes pelo solo, fazem me lembrar de algum dia, em que fui triste e pura. Gostaria de chorar, porém, o tempo secou minhas lágrimas, e congelou meu coração. Gostaria de fazer bem a todos, mas sem ferir a mim mesma. Quebrei as correntes, os laços, tudo o que me dava razão. Meus aliados, a quem dou o meu sangue, fugiram. Só quero fechar os olhos, e esquecer que existo. Não quero pensar, andar, apenas sentir. Caminhava silenciosamente naquela noite, somente as arvores me ouviam. Senti o frio na minha pele, mas não era pior do que aquela tristeza que me acompanhava. Lembranças se espelhavam através dos meus olhos, os sussurros de suas vozes em minha imaginação. Quase não acreditei que sobrevivi sem ar. Minhas rosas... Devo agradecê-las pela minha solidão, assim essas palavras não existiriam. Deem-me as mãos, ainda sou eu, a quem sempre as regou. Fogem de mim, como se fosse um estranho. Anseio pelo sol de inverno, pra que esse frio passe, e possa ter suas almas, ainda ligadas a minha.
Um dos poucos textos que li e achei muito digno.
ResponderExcluirAh! Fui eu que fiz o topo do blog dela, beijos.
É, sim, esqueci de divulgar isso. A Evith foi a pessoa quem fez o topo pra mim.Obrigada Evith!
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