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sexta-feira, 20 de julho de 2012

The Phantom of Butterfly

Como o vento em minha pele, como o frio rígido que me faz tremer, como a vontade de correr em um caminho turvo, é esse som frenético que ecoa em meu interior. A ausência daquela voz, o perfume, o abraço que ardia até mesmo a minha alma.

Adormeço almejando por sentir sua respiração, pelo toque de suas mãos, pelo seu timbre. Enganando-me com canções, finjo esquecer seu rosto.

Minha borboleta que voou para longe do meu coração negro. Não alcancei suas asas. Teu brilho me cegou, seduzindo-me. Fecho os olhos, e a imagem do teu sorriso é cortante.

O tempo não parou para aqueles momentos, tornando lembranças ameaçadoras. Em cada lugar, até no espelho, eu vejo sua face. Seu fantasma passeia em meus sonhos. O único lugar onde tudo é possível. E o meu desejo é de te levar para o meu mundo, e te fazer sorrir todos os dias, e beijar seus olhos toda noite, a cada pôr do Sol.




terça-feira, 26 de junho de 2012

Butterfly


Suspirando lentamente a cada lembrança... Ele tomou os meus pensamentos como sonho desesperador. Palavras querem saltar juntamente com os desejos da minha alma. Ele desfila na minha imaginação como uma miragem. E eu na ponta dos pés procurando alcançar essa borboleta que voa alto em um dia ensolarado.
Caminha arrastando suas correntes, congelando meu corpo. E aquele rosto manso que eu tanto contemplei, não sai da minha memória nem por um minuto. Me perdi naquele olhar desafiador. Acordei sem seus vestígios ao meu lado, e acreditei ser um sonho...
E quando volto à realidade, ouço seus sinais me chamando outra vez...
Sinto sua ausência. Mas sua voz ecoa dentro de mim, e a sua marca é a prova de que foi real. Canções me trazem o seu perfume de volta, e adormeço com um sorriso, sonhando que verei aquele rosto novamente...

My Girl Crazy. 13.01.2012

domingo, 21 de agosto de 2011

Tempestades

E quando eu passeava por aqueles lados, onde adorei cada parte de si, admirando minha estrela favorita que o destino me presenteou, veio a escuridão cegando minha alma,mas poupando meus sentidos. Obedeci a minha carne, praguejando toda nossa primavera.
Lágrimas de sangue rolando por aquele rosto que tanto amei. O céu escureceu diante daquela visão que me assombrou durante noites.
Ajoelholhei-me desejando roubar essa dor para mim. Não quero contemplar a agonia do meu anjo.
Pego suas mãos, e caminho. Beijo sua face, que ardia, mostrando-me que meu corpo não era digno de seu calor.
E quando fechava os olhos, pesados das lágrimas, almejava por sua voz, dizendo que me amava. Minhas mãos tocavam as suas, e logo quase implorei pra que aquele ser olhasse através de mim, e visse todo o deserto que havia em meu interior.
Meu coração era seu, como sempre foi. Antes mesmo de ver a luz dos teus olhos pela primeira vez. E mesmo adormecida, estavas em mim o tempo todo, pulsando em minhas veias.



sábado, 11 de junho de 2011

Destino

Um momento, um riso, um prazer, e tudo se desfazem quando sua miragem vagueia por mim.  Lembrei-me da chuva, das canções ameaçadoras que nos perseguem, as novas letras, as folhas rasgadas, o nascer do sol, o destino traçado.  Dei-te um nome, e muito mais. Não poderia viver nada sombrio naqueles tempos em que baixei sua máscara. 
Estes vendavais separaram nossas mãos, e meu coração sangrou ao ver tua face. Cada parte de mim se retorcia, partindo dali de olhos fechados.
Seu fantasma rodeia meus sonhos, assombra minhas noites.
Enquanto caminho, uma mão se estende.  É você, torturando-me por mais um dia, revelando todo o meu interior, me fazendo tocar seu coração. Ainda ouço sua voz cansada chamando por mim, ainda carrego seu rosto turvo nos meus pensamentos, ainda vejo você naquele deserto noturno, onde te encontrei a primeira vez.  E essa neblina é tão ofuscante, que me perco, e me afogo no tempo.


quarta-feira, 18 de maio de 2011

Noites de Dezembro

Eu amei sua alma naquelas tardes tempestuosas. Fiz de suas palavras, a minha oração. Naqueles dias em que você era livre, acorrentava-me em teus pulsos, tornando sua propriedade tudo que era parte de mim. Hoje você sangra ao ver meu negro sorriso, mas não me viu passear pela chuva nas noites solitárias de Dezembro. Eu quero teu coração na minha mão. Quero fazê-lo arder, como as lágrimas que me surraram por horas. Você sabia. Você me via em seus sonhos chamando pelo seu nome, e praguejou todo o meu ser, cantando pra mim, embriagando-me com vinho, até me deixar. E eu em desespero, a procura do teu rosto, escureci por dias, até a chegada da lua. Seu amor me trouxe letras, e fará você gritar na neblina confusa da sua jornada. Ela não gosta dos meus olhos. Um brinde a nós, que somos livres outra vez. Não secarei teu rosto pálido por esta noite, e nem nas próximas. O teu cavalheiro vem aí. Ele será o teu único caminho. Não sangrarei por ti nem por mais um raio de sol. Desacorrentada partirei, e não terei misericórdia. Solto minhas mãos das suas agora. Que meu silêncio te faça companhia.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Lua Sedutora

Presa no lago, admirando suas feições, meus sentidos reúnem-se me salvando dos seus olhos.
Seus lábios de fogo, me fazendo adormecer neste labirinto onde me encontro.
Desperto pra ti, revelando meus desejos mais profundos.
Não posso fechar os olhos até que partas.
Seu timbre vagueia por tudo, até mesmo quando está ausente. Tudo o que vejo é a imagem do teu rosto. Meu interior gritante na precisão de sua voz, chama pelo ser da lua sedutora.
O tempo nos envolve silenciosamente e lá estou, servindo aquele anjo dominador que me visita todas as noites, por todos os lugares. Ele está em mim e eu anseio por sua luz.
Almejo por sua presença a toda hora.
Atuarei em seus sonhos até que partas. Minha Lua Sedutora.

M.M

quarta-feira, 2 de março de 2011

Fantasmas

Quando só, os pensamentos me acompanham. Sempre intrigados, distantes, como a neblina confusa de um longo caminho. Meus passos rastejantes pelo solo, meus sentimentos em conflito, seus rostos em minha memória, meu coração partido em três.

Fecho os olhos, e sinto o vento frio em minha pele, castigando minha alma, culpando-me por minha ausência. Sinto falta deste frio, que tanto me surrou, mas que sempre foi o motivo pra eu respirar, e me sentir viva.

Logo adiante, uma mão se estende. E este frio é substituído pelo calor daquelas mãos. O rosto indecifrável, o olhar suplicante. Era o meu cavalheiro sem face chamando pelo meu nome. Eu quis fugir para não ouvir sua canção ameaçadora, abri os olhos e corri.

E quando no desespero me encontrava, olhei para cima e contemplei. Era a minha lua sedutora, me cercando como serpente. E nos seus olhos me refugiei, me perdendo muito mais. Inertes no tempo, com os sentidos entorpecidos, eu não me movi. Eu a desejei inconscientemente em silêncio, mas ela lia todos os meus enigmas, conhecendo cada parte de mim. Eu me apaixonei. E Ainda carrego meus fantasmas, como um cubo. Cada lado, um rosto, entre eles, minha lua.