E quando eu passeava por aqueles lados, onde adorei cada parte de si, admirando minha estrela favorita que o destino me presenteou, veio a escuridão cegando minha alma,mas poupando meus sentidos. Obedeci a minha carne, praguejando toda nossa primavera.
Lágrimas de sangue rolando por aquele rosto que tanto amei. O céu escureceu diante daquela visão que me assombrou durante noites.
Ajoelholhei-me desejando roubar essa dor para mim. Não quero contemplar a agonia do meu anjo.
Pego suas mãos, e caminho. Beijo sua face, que ardia, mostrando-me que meu corpo não era digno de seu calor.
E quando fechava os olhos, pesados das lágrimas, almejava por sua voz, dizendo que me amava. Minhas mãos tocavam as suas, e logo quase implorei pra que aquele ser olhasse através de mim, e visse todo o deserto que havia em meu interior.
Meu coração era seu, como sempre foi. Antes mesmo de ver a luz dos teus olhos pela primeira vez. E mesmo adormecida, estavas em mim o tempo todo, pulsando em minhas veias.